Projetos da Ufes campus de Alegre são premiados na 17ª Semana Estadual de Ciência e Tecnologia
Aconteceu entre os dias 24 e 26 de novembro a 17ª Semana Estadual de Ciência e Tecnologia (Secti). Esse evento tem como objetivo popularizar a ciência, a tecnologia e a inovação no Espírito Santo, além de despertar o interesse de estudantes e profissionais na área.
Os temas da 17ª edição foram: “Inteligência Artificial: A Nova Fronteira da Ciência Brasileira”, definido pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI); “Covid-19” e “Tema Livre”, incluídos pela Secti. E a UFES conseguiu o prêmio de 1º lugar em duas das três categorias.
O projeto intitulado “Mapas diários de risco de contaminação por COVID- 19 para o Espírito Santo e a incerteza associada ao risco”, de autoria da professora Fabricia Benda de Oliveira (Departamento de Geologia CCENS-UFES), ficou em 1º lugar na categoria coletivo ensino superior – COVID-19. O projeto é financiado pela FAPES e realizado em parceria com o IFES- campus de Alegre, contando com alunos dos cursos de graduação em Geologia, Sistemas de Informação e Ciência da Computação, além da pós-graduação em Gestão Pública.
Esse projeto propõe o estudo do comportamento da dispersão da COVID-19, o vetor de crescimento, a densidade de casos confirmados e associando a isso o mapa de vulnerabilidade social dos municípios, podendo revelar uma tendência temporal da prevalência de contaminação, visando auxiliar na gestão das políticas públicas para enfrentamento contra a COVID-19 no Espírito Santo, a partir de dados disponibilizados pelo governo no Painel COVID-ES.
Os resultados preliminares mostram o comportamento da doença e o crescimento no número de novos casos distribuídos por todo estado. Na última etapa da pesquisa espera-se ter uma melhor compreensão da metodologia utilizada, para melhorar a assertividade quanto aos riscos de contaminação.
Como não é possível recolher amostras em toda população, esses mapas podem ser úteis para indicar locais a serem amostrados de forma mais racional e decidir que regiões estão mais ou menos preparadas para sair do isolamento de forma estratificada.
Mesmo depois da pandemia, esses mapas poderão ser cruzados com outros dados que permitam compreender o impacto da doença no estado - em termos socioeconômicos, mobilidade ou número de óbitos, por exemplo.
Já o projeto “Uso de Insumos Biológicos na Recuperação de Pastagens Degradadas”, ligado ao Programa de Pós-Graduação em Agronomia do CCAE-UFES, é de autoria dos professores Eduardo de Sá Mendonça e Diego Lang Burak, financiado pela Fapes, CNPq e Capes e realizado em parceria com o IDAF, Incaper e a UENF, contando com alunos de graduação e pós graduação.
O projeto tem várias etapas, sendo que as etapas 1 e 2 contam com experimentos realizados em casa de vegetação e em campo, respectivamente.
Na etapa 1, experimentos de casa de vegetação, foram testadas doses de substâncias húmicas, óleos essenciais e microrganismos promotores do crescimento vegetal que fossem melhores para o desenvolvimento do capim Brachiaria e da leguminosa Estilozantes, e que proporcionassem maior resistência das plantas aos estresses hídricos.
Na etapa 2, a campo, os pesquisadores usaram em 2 áreas de solo degradadas nos municípios de Alegre e Jerônimo Monteiro tratamentos biológicos associados ou não a adubação química recomendada com base na análise de solo.
Os resultados preliminares indicam a possibilidade do uso sustentável dos insumos biológicos, como as substâncias húmicas, o óleo essencial de Eucalipto e microrganismos promotores de crescimento vegetal.
Na última etapa da pesquisa espera-se ter um procedimento tecnológico para recuperação das pastagens degradadas da região e Estado do Espírito Santo potencializando a criação animal no campo.
Saiba mais sobre essas pesquisas acessando o vídeo na íntegra no site: https://semanact.es.gov.br/
